As doenças dermatológicas costumam causar diminuição da produtividade das vacas e desenvolvimento de patologias sistêmicas graves. A psoroptose se manifesta em bovinos com sintomas cutâneos locais na fase inicial, mas progride rapidamente, esgotando o gado. A doença contagiosa é facilmente transmitida a outros animais, por isso é necessário responder prontamente aos sinais de invasão e tomar medidas terapêuticas e preventivas.
Razões para a aparência
O agente causador da doença é um ácaro acarimórfico do gênero Psoroptes bovis, que parasita a superfície da pele dos bovinos.Na maioria dos casos, a fonte da infecção é um animal doente, e a causa é o contato direto e o compartilhamento de objetos (bebedouros, comedouros, escovas). Uma pessoa que esteve em contato com um animal doente também pode levar um carrapato a uma vaca.
As condições favoráveis para a reprodução do parasita são alta umidade, cabelos grossos e fraca imunidade do portador.
Os seguintes fatores contribuem para o desenvolvimento da psoroptose em bovinos:
- condições de vida desfavoráveis aos animais (superlotação, troca intempestiva de camas, tratamento de comedouros e bebedouros);
- cuidados inadequados;
- dieta desequilibrada;
- o animal tem doenças crônicas;
- hipovitaminose.
Os carrapatos atacam principalmente vacas enfraquecidas e bezerros frágeis. Muitas vezes, o motivo da propagação da invasão é o passeio conjunto do rebanho com animais de fazendas desfavorecidas, violação dos requisitos de isolamento obrigatório de bovinos infectados.
As vacas são vulneráveis e suscetíveis a doenças durante os períodos de frio. O pico de incidência ocorre no final do outono e início da primavera. No verão, quando o rebanho passa a maior parte do tempo ao ar livre, comendo capim fresco, a psoroptose geralmente ocorre de forma oculta.
Sinais de psoroptose em bovinos
Os sintomas da psoroptose são observados em bovinos no final do período de incubação, durante o qual o ácaro se reproduz. Do momento da infecção até o aparecimento dos primeiros sinais da doença, leva de 1 a 6 semanas, o que depende do nível de imunidade local e geral do portador. A psoroptose em vacas é acompanhada pelos seguintes sintomas:
- coceira na pele;
- a formação de manchas calvas nos focos primários de localização do parasita (área da base dos chifres, base da cauda, área sacral);
- secura, aspereza da pele;
- formação de dobras queratinizadas na pele;
- aglomeração de lesões.
O início agudo da psoroptose é acompanhado de prurido intenso até o final do período de incubação. Em casos subagudos, pode não haver coceira. O carrapato, sugando sua tromba até a epiderme, libera uma toxina e inicia o processo inflamatório. As pápulas resultantes estouraram. O exsudato seco na forma de crostas amarelo-claras torna-se perceptível na pelagem do animal.
A vaca tenta aliviar a condição coçando as áreas que coçam em objetos próximos e lambendo as lesões. A saliva cria um ambiente favorável para parasitas.
À medida que a doença progride, formam-se dobras cutâneas ásperas (principalmente na região do pescoço), há mais lesões e elas se fundem. As partes inferiores das extremidades, a região da virilha e do escroto, a parte inferior do peritônio e a parte frontal da cabeça permanecem intactas. Sem tratamento, a vaca enfraquece e fica vulnerável a outras infecções, que podem causar a morte do animal. É importante diagnosticar a doença a tempo e iniciar o tratamento.
Medidas de diagnóstico
O diagnóstico inclui um exame visual do animal e testes laboratoriais. É necessário excluir a psoroptose com manifestações semelhantes de inflamação cutânea de natureza diferente (dermatite, eczema, líquen, sarna sarcóptica, tricodectose).
Para confirmar o diagnóstico, é retirado um raspado da pele e enviado ao laboratório para exame carológico.
Tratamento da doença
A vaca doente é isolada e iniciado o tratamento com antiparasitários locais. As camadas queratinizadas da pele e da crosta devem ser amolecidas 3 dias antes do tratamento do animal com óleo, óleo de peixe ou água com sabão e depois removidas com cuidado.
Para o tratamento local da psoroptose em bovinos é utilizado o seguinte:
- poeira (300 gramas por 1 animal);
- Solução oleosa de enxofre coloidal a 2% (irrigar a superfície da pele na proporção de 2 litros por 1 animal);
- "Tiovit" (preparação pronta de enxofre coloidal);
- "Isofen";
- "Baitikol";
- "Psoroptol";
- "Acrodex";
- "Dermatosol".
Preparações para banho também são utilizadas para gado: “Tactic”, “Bipin”, “Kenaz”. A inflamação grave e o aparecimento de uma infecção microbiana requerem a administração de antibióticos.
Prevenção
Para prevenir a infecção do gado com sarna psoróptica e impedir a propagação da doença, é necessário proporcionar aos animais condições de conforto, cuidados adequados e controle veterinário regular.
O conjunto de medidas preventivas inclui:
- cumprimento das normas sanitárias para criação de gado;
- fornecer cuidados adequados;
- alimentação regular e equilibrada;
- tratamento oportuno de doenças;
- eliminação do contato do rebanho com animais doentes e desfavorecidos;
- isolamento de vacas com sinais de doença.
Se for detectado gado com sintomas de psoroptose em um rebanho, recomenda-se realizar tratamento preventivo de todo o gado.